"Decisões"
Quando temos alguma decisão importante a tomar na nossa vida e não sabemos o que fazer (por um lado queremos muito fazê-lo, por outro achamos que não devemos) há uma forma fácil de tomar a decisão: imaginem-se daqui a uns dez anos a olhar para trás, para a vossa vida, perspectivando-a para cada uma das decisões que tomaram. Numa delas vão sentir alguma mágoa, enfado ou arrependimento. Essa é seguramente a decisão a não tomar.
Há a tendência natural de nos deixarmos ficar parados em situações estagnadas e que não nos trazem felicidade, seja por medo do desconhecido, medo da solidão ou por habituação associado a uma falta de coragem de partirmos em busca do que é realmente melhor para nós...
Temos o defeito comum de achar que qualquer que seja a decisão que tomemos, não é determinante nem definitiva; que podemos sempre adiar o que realmente queremos e ir fazendo aquilo que é esperado de nós. Mas cuidado porque isso não é verdade.
Façam o exercício que referi atrás: imaginem-se daqui a dez anos e ficcionem os vossos caminhos e vidas como consequência de cada uma dessas decisões. Em cada um desses casos olhem para o dia de hoje como passado e vão-se aperceber, com uma clareza surpreendente, qual a opção que devem tomar hoje; vão-se aperceber também que as nossas opções e possibilidades de voltar atrás não são assim tantas.
É impressionante como a nossa intuição sabe perfeitamente qual o destino certo das nossas vidas; é essa intuição a responsável pelas paixões de vida (paixões no seu sentido lato e não particular). A indecisão surge quando se interpõem os obstáculos sociais, familiares ou outros, que dificultam o seguimento das nossas intuições:
- Actor?? Nem pensar!! Isso não é vida! Vais é ser advogado ou engenheiro.
- Bailarina?? Isso são fantasias! Vais é ser médica ou enfermeira.
Porque quererão os pais ter, obstinadamente, filhos doutores??
O que seria deste mundo sem "Peter Houstinoffs", sem "Margaux Fontaines", sem todos os génios do mundo da arte, se eles não tivessem tido a preserverança de levarem as suas intuições e paixões avante?
Seria um mundo ainda mais cinzento, atafulhado de medíocres doutores, de fastidiosos engenheiros, de dúbios juristas, e vazio de actores e bailarinas fantásticos que maravilharam milhares de pessoas com a sua arte.
Ocasionalmente na nossa vida tentamos ser fieis a ideais e virtudes que outros têm por nós. Ignoramos os nossos (se os temos) e tomamos outros que nunca tivemos ou soubemos ao certo quais.
Os nossos ideais, bons ou maus, são nossos. Podem ser contraditórios, infantis, confusos, difusos, ridículos ou sem uso, mas são nossos! E é explorando-os, mesmo que errados, que iremos aprender e crescer com eles.
Não devemos cometer o erro de sermos nós pelos outros. A vida vivida nesses moldes, perde qualquer sentido que não o de salada, não é isto ou aquilo, é simplesmente uma grande salada.
Mas nunca é tarde para apanhar o comboio da nossa intuição e fazer o resto do caminho à nossa frente de uma forma plena e preenchida. Fazê-lo pelo dinheiro, fama ou sucesso provavelmente não trará realização! O importante é fazê-lo pelo verdadeiro prazer de o estar a fazer. Se tivermos prazer no que fazemos, fá-lo-emos fantasticamente bem e com uma dedicação ímpar. Isso, ao final de algum tempo, levará ao sucesso e até ao dinheiro. O mais irónico nesses casos é que o sucesso e o dinheiro passam a ser coisas perfeitamente secundárias e irrelevantes.
Para se fazer a diferença e ser um primeiro entre iguais é preciso amar o que se faz.
Uma considerável maioria não segue a sua intuição, aquilo que verdadeiramente quer, e acaba por lutar apenas pelo dinheiro, por uma casa maior, um carro melhor e mais rápido ou outros brinquedos caros, como compensação do sacrifício de estarem a fazer o que não gostam.
Se uma decisão importante é tomada exclusivamente com base racional ignorando a intuição, o mais provável é que vos vá levar por um caminho monótono e fastidioso que se prolongará irremediavelmente, dia após dia, até ao fim dos vossos dias.
Há a tendência natural de nos deixarmos ficar parados em situações estagnadas e que não nos trazem felicidade, seja por medo do desconhecido, medo da solidão ou por habituação associado a uma falta de coragem de partirmos em busca do que é realmente melhor para nós...
Temos o defeito comum de achar que qualquer que seja a decisão que tomemos, não é determinante nem definitiva; que podemos sempre adiar o que realmente queremos e ir fazendo aquilo que é esperado de nós. Mas cuidado porque isso não é verdade.
Façam o exercício que referi atrás: imaginem-se daqui a dez anos e ficcionem os vossos caminhos e vidas como consequência de cada uma dessas decisões. Em cada um desses casos olhem para o dia de hoje como passado e vão-se aperceber, com uma clareza surpreendente, qual a opção que devem tomar hoje; vão-se aperceber também que as nossas opções e possibilidades de voltar atrás não são assim tantas.
É impressionante como a nossa intuição sabe perfeitamente qual o destino certo das nossas vidas; é essa intuição a responsável pelas paixões de vida (paixões no seu sentido lato e não particular). A indecisão surge quando se interpõem os obstáculos sociais, familiares ou outros, que dificultam o seguimento das nossas intuições:
- Actor?? Nem pensar!! Isso não é vida! Vais é ser advogado ou engenheiro.
- Bailarina?? Isso são fantasias! Vais é ser médica ou enfermeira.
Porque quererão os pais ter, obstinadamente, filhos doutores??
O que seria deste mundo sem "Peter Houstinoffs", sem "Margaux Fontaines", sem todos os génios do mundo da arte, se eles não tivessem tido a preserverança de levarem as suas intuições e paixões avante?
Seria um mundo ainda mais cinzento, atafulhado de medíocres doutores, de fastidiosos engenheiros, de dúbios juristas, e vazio de actores e bailarinas fantásticos que maravilharam milhares de pessoas com a sua arte.
Ocasionalmente na nossa vida tentamos ser fieis a ideais e virtudes que outros têm por nós. Ignoramos os nossos (se os temos) e tomamos outros que nunca tivemos ou soubemos ao certo quais.
Os nossos ideais, bons ou maus, são nossos. Podem ser contraditórios, infantis, confusos, difusos, ridículos ou sem uso, mas são nossos! E é explorando-os, mesmo que errados, que iremos aprender e crescer com eles.
Não devemos cometer o erro de sermos nós pelos outros. A vida vivida nesses moldes, perde qualquer sentido que não o de salada, não é isto ou aquilo, é simplesmente uma grande salada.
Mas nunca é tarde para apanhar o comboio da nossa intuição e fazer o resto do caminho à nossa frente de uma forma plena e preenchida. Fazê-lo pelo dinheiro, fama ou sucesso provavelmente não trará realização! O importante é fazê-lo pelo verdadeiro prazer de o estar a fazer. Se tivermos prazer no que fazemos, fá-lo-emos fantasticamente bem e com uma dedicação ímpar. Isso, ao final de algum tempo, levará ao sucesso e até ao dinheiro. O mais irónico nesses casos é que o sucesso e o dinheiro passam a ser coisas perfeitamente secundárias e irrelevantes.
Para se fazer a diferença e ser um primeiro entre iguais é preciso amar o que se faz.
Uma considerável maioria não segue a sua intuição, aquilo que verdadeiramente quer, e acaba por lutar apenas pelo dinheiro, por uma casa maior, um carro melhor e mais rápido ou outros brinquedos caros, como compensação do sacrifício de estarem a fazer o que não gostam.
Se uma decisão importante é tomada exclusivamente com base racional ignorando a intuição, o mais provável é que vos vá levar por um caminho monótono e fastidioso que se prolongará irremediavelmente, dia após dia, até ao fim dos vossos dias.
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